O tipo mais comum se origina no endométrio (revestimento interno do útero) e é chamado de câncer do endométrio. O sarcoma uterino é uma forma menos comum de câncer uterino que se origina na musculatura e no tecido de sustentação do órgão.
O câncer uterino pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas é mais comum em mulheres que já se encontram na menopausa.
Alguns fatores são considerados de proteção para o câncer endometrial, como:
- Engravidar;
- Prática de atividade física;
- Manter o peso corporal saudável.
- Predisposição genética
- Excesso de gordura corporal
- Diabetes mellitus
- Dietas com elevada carga glicêmica (alto consumo de carboidratos e produtos processados e ultraprocessados)
- Hiperplasia (crescimento) endometrial
- Falta de ovulação crônica
- Uso de radiação anterior para tratamento de tumores de ovário
- Uso de estrogênio (hormônio feminino) para reposição hormonal após a entrada na menopausa
- Menarca (primeira menstruação) precoce
- Menopausa tardia
- Nuliparidade (nunca ter engravidado ou ter tido filhos)
- Síndrome do ovário policístico
- Síndrome de Lynch
- Vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV);
- Uso de preservativos (camisinha masculina ou feminina) em qualquer relação sexual;
- Realização do exame preventivo (Papanicolau).
Vacinação contra o HPV
Está no calendário vacinal do Ministério da Saúde a vacina tetravalente contra o HPV para meninas e meninos entre 9 e 14 anos de idade. Essa vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.
SINAIS E SINTOMAS
O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas em fase inicial.
Nos casos mais avançados, pode evoluir para:
- Sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a relação sexual
- Secreção vaginal anormal
- Dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.
Sangramento vaginal anormal como:
- Sangramento entre os ciclos menstruais;
- Sangramento vaginal mais intenso que o habitual;
- Qualquer sangramento vaginal em mulher que já se encontra na menopausa.
Atenção: Na maior parte das vezes, esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico.
A detecção precoce pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais, endoscópios ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou de pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.
Ao identificar qualquer sintoma suspeito, procure um médico.
Atenção: Não há evidência científica de que o rastreamento do câncer do corpo do útero traga mais benefícios do que riscos e, portanto, até o momento, ele não é recomendado.
O diagnóstico é realizado por exames clínicos, laboratoriais e de imagem, a exemplo de:
- História clínica da paciente e exame físico;
- Ultrassonografia transvaginal;
- Histeroscopia (visualização do interior do útero por meio de uma câmera introduzida pela vagina);
Biópsia do endométrio (o médico retira uma pequena amostra da camada interna do útero e envia para análise microscópica).
- O tratamento clínico e/ou cirúrgico
- Quimioterapia, radioterapia ou a combinação de ambos.
Atenção: A definição do tratamento depende do estadiamento do tumor, o que será avaliado pelo diagnóstico.