O Serviço de Patologia do Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) tem um papel fundamental para o tratamento dos pacientes. É das mãos dos técnicos e dos médicos patologistas, afinal de contas, que saem as informações que tornam possíveis não apenas o diagnóstico da doença, mas também o estabelecimento do prognóstico e a definição do seu tratamento. Agora, o serviço está recebendo incentivos que podem ser vistos tanto na sua estrutura física quanto na sua equipe – a prova disso é que, no último mês de março, o HCP deu início ao seu programa de Residência Médica em Patologia. A nova residente, dra. Daniele Magalhães, foi escolhida por meio de uma seleção complementar realizada pela Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE).
Aqui, ela irá aprender com uma equipe que inclui oito médicos patologistas, cinco citopatologistas e 38 técnicos que atuam diariamente no setor, que, somente em 2016, foi responsável pela realização de mais de 12 mil exames histopatológicos e de 17 mil exames citopatológicos. A residência conta, ainda, com convênios com o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) e com o Instituto Médico Legal (IML), onde será realizada a vivência em patologia básica, indispensável para a formação do especialista. Entre os requisitos necessários para a realização da residência estava a aquisição de um microscópio de ensino, equipamento que permite a dupla observação, possibilitando que o médico especialista possa discutir os casos com o residente em tempo real.
Para além das exigências, o Serviço de Patologia também está sendo contemplado com diversos outros equipamentos, incluindo: um micrótomo, equipamento usado para o corte das lâminas que serão examinadas; um histotécnico, processador automático de tecidos; cinco novos microscópios; e um criostato, utilizado nos exames de congelamento. “Agora, temos um serviço regular de congelação, que nos permite liberar os resultados com menos tempo”, afirma dr. Sérgio Moura. Além disso, os laboratórios estão recebendo uma reforma física, que deverá ser finalizada ainda neste semestre. Tanto a aquisição dos aparelhos quanto as reformas foram possíveis devido a parcerias realizadas com instituições privadas e através de emendas parlamentares.
Para o coordenador do Serviço de Patologia do HCP, dr. Sérgio Moura, o setor possui as características ideais para o desenvolvimento do ensino e da pesquisa. “O HCP tem o maior acervo de patologia oncológica das regiões Norte e Nordeste – são 423 mil casos arquivados desde 1950. Não existe, na Região, um serviço de oncologia em atividade tão antigo quanto o nosso”, revela. O especialista destaca, ainda, que a residência será importante para o desenvolvimento dos próprios profissionais da casa. “Você fica obrigado a se atualizar, saber dos novos protocolos”, pontua.