Prestes a completar 80 anos de história em novembro de 2025, o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) realizou, nesta quarta-feira (11), um importante encontro para debater o atual cenário do HCP e da oncologia, com foco no planejamento a longo prazo. Superintendentes e conselheiros da instituição estiveram reunidos na biblioteca do hospital para discutir os caminhos que deverão ser trilhados até o centenário da instituição, em 2045.
A reunião, conduzida pelo consultor e sócio-fundador da TGI Consultoria, Francisco Cunha, teve como principal objetivo avaliar as transformações esperadas para os próximos anos na área da oncologia e como o HCP pode se preparar para elas, garantindo a manutenção do seu papel como referência no tratamento oncológico no Nordeste.
Durante o encontro, foram discutidos temas fundamentais como sustentabilidade financeira, regionalização dos atendimentos, melhoria da infraestrutura, ampliação das ações de prevenção, fortalecimento do ensino e da pesquisa, uso de inteligência artificial na assistência, popularização de novas terapias e a criação de um núcleo dedicado à inovação.
“Nosso olhar está voltado para o futuro. Queremos que o HCP dos 100 anos seja ainda mais forte, sustentável, inovador e humano”, destacou Ricardo de Almeida, presidente da Sociedade Pernambucana de Combate ao Câncer (SPCC), administradora do hospital.
As discussões também trouxeram à tona a necessidade de o HCP se antecipar ao crescimento expressivo dos casos de câncer no Brasil e no mundo, acompanhando as transformações nos perfis epidemiológicos e nas demandas da população.
“Projetar os próximos 20 anos é mais do que pensar em expansão física ou tecnológica. É refletir sobre a nossa missão, sobre como queremos continuar cuidando das pessoas com o mesmo compromisso, mas com ainda mais eficiência e abrangência. É entender que precisamos avançar não só na assistência, mas também na geração de conhecimento e na prevenção”, pontuou o superintendente geral do HCP, Sidney Neves.
Durante a reunião, o grupo também analisou as tendências do tratamento de câncer em países desenvolvidos, em desenvolvimento e no Brasil, observando como instituições de referência vêm se reorganizando frente às mudanças científicas e sociais. A regionalização dos serviços e o uso de ferramentas digitais e preditivas no acompanhamento dos pacientes surgem como estratégias importantes para garantir mais acesso e resolutividade.
“A experiência de quase 80 anos do HCP é uma base sólida, mas é preciso vislumbrar o futuro com coragem e planejamento. A proposta aqui é exatamente essa: preparar a instituição para continuar sendo um centro de excelência e referência, mesmo diante de um cenário de muitas transformações”, ressaltou Francisco Cunha, que guiou os debates com base em projeções e análises de cenários futuros.